Você sabia que existe muita diferença entre os lápis de cor profissionais e escolares? A discrepância vai muito além do preço do produto, passando pela qualidade do material (mina e madeira), facilidade de pigmentação e resistência à luz.
As principais marcas disponíveis no mercado brasileiro são da Derwent (ligthfast e drawing), Carand'ache (pablo e luminance), Faber Castell (polychromos) e Prismacolor (premier). O valor unitário desses lápis pode variar de R$ 20,00 à R$ 45,00 (mas estamos falando de alguns produtos importados, então pode haver oscilação aqui, Colormores!).
Todos possuem resistência à luz (em maior ou menor grau), o que garante a durabilidade das pinturas por anos, sem que ocorra desbotamento. O grau de resistência à luz é definido por um padrão internacional de avaliação aplicável a pigmentos, Escala da Lã Azul (Blue Wool Scale). A resistência é indicada no corpo do lápis e algumas cores resistem mais de 100 anos (Fonte: Companhia do Papel).
Em relação a constituição da mina, cada marca apresenta variação em relação a quantidade de pigmentos, aglutinantes, cera e/ou óleo. Sendo possível perceber as seguintes características:
A base de cera (macios e fáceis de misturar);
A base de óleo (mina mais rigida, mantém a ponta fina e é bom para detalhes).
Dos que eu já experimentei, os tipos Drawing da Derwent, Luminance da Carand'ache e Premier da Prismacolor são extremamente cremosos e de fácil pigmentação, porém o Premier cria camadas densas mesmo aplicando pouca pressão na mão, o que pede o uso de algum tipo de blender para suavizar o acabamento. Já os Lightfast da Derwent, Pablo da Carand'ache e Polychromos da Faber Castell, são mais rígidos e excelentes para preenchimento de pequenas áreas, desses três o ligthfast é o que mantém a ponta fina por menos tempo em atrito com a superfície.
Obviamente que durante uma pintura profissional, acabamos usando diferentes marcas, de acordo com a característica exigidas pela obra. Mas isso pode variar de artista para artista, dependendo da experiência construída com a marca do lápis e o tipo de superfície a ser usada.
Na obra "Mulher Aborrecida" utilizei principalmente os tipos Lightfast da Derwent e Polychromos da Faber Castell, já que precisava expressar texturas finas e detalhadas em áreas pequenas. Assim, o lápis precisava manter a ponta fina por mais tempo para garantir o resultado esperado.
É por esse e outros motivos que uma obra profissional feita em lápis de cor possui um valor tão agregado, pois todos os materiais utilizados devem ser de alta qualidade e com resistência ao tempo. Além disso, são peças únicas e exclusivas que requerem horas de trabalho para alcançar um resultado satisfatório e emocionalmente envolvente.
Por isso, quando for contratar um artista para fazer uma encomenda, tire suas dúvidas quanto ao tipo de material utilizado (lápis, papel e acabamento). Aqui no Brena Renata Color trabalhamos com materiais de excelência justamente para proporcionar satisfação em cada resultado.
Gostou das informações? Aproveita para deixar nos comentários tuas experiências com as marcas profissionais e escolares ;)
Para este conteúdo, contei com a consultoria técnica das artistas em lápis de cor Simone de Moraes e Denise Chaves Ferri.
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